Zumbis que fariam a zumbificação ser cogitada...

6 gatas zumbis que fariam a zumbificação valer a pena.

Pérolas de Sobrevivência

Siga nossas dicas passo a passo para sobreviver ao apocalipse zumbi, like a boss...

Profissões no Apocalipse Zumbi

6 funções conceituadas que não irão vale absolutamente nada no apocalipse zumbi.

4 Cientistas e a cura para a epidemia zumbi

Descubra porque tentar curar a epidemia zumbi (e acabar com toda a diversão) pode não ser uma boa idéia...

Maquiagem zumbi. Aprenda a fazer feridas falsas e outras maquiagens.

Tutoriais para arrebentar nas zombie walks. Maquiagem zumbi, cortes, arranhões e sangue.

Armas legais (literalmente) para o apocalipse zumbi.

Monte já o seu arsenal para o apocalipse zumbi. Armas liberadas para a aquisição por qualquer um (com um mínimo de 18 anos e algum juízo...).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Thriller - Quando Michael Jackson fez e entrou pra história zumbi



"Darkness falls across the land
The midnight hour is close at hand
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'all's neighborhood
And whosoever shall be found
Without the soul for getting down
Must stand and face the hounds of hell
And rot inside a corpse's shell" 
- O "rap" de Vincent Price 


Até hoje me lembro da primeira vez em que assisti ao videoclipe Thriller, de Michael Jackson. Tinha pouco mais de 6 anos e os 14min de vídeo tiveram o mesmo efeito que um longa metragem de 2hs teria pra me aterrorizar e me fazer dormir de luz acesa pelas várias semanas seguintes. Pela primeira vez tive conhecimento sobre aquela classe de monstros que desde então passou a me impressionar, os zumbis.

Dirigido por John Landis (Diretor de "Um Lobisomen Americano em Londres"), esse clip é hoje considerado o mais famoso e mais influente da história. Com um enredo bem bolado, o clipe mostra um casal que assiste a um filme de terror e após a garota não aguentar mais, sai caminhando pelas ruas, seguida pelo namorada. Logo após, zumbis começam a sair dos seus túmulos e perseguir o casal, quando o namorado se torna um zumbi e passa a realizar coreografias com eles.


Acredite ou não, este era o Michael Jackson antes de virar um monstro.

A maquiagem dos zumbis e o "zombie walk" dos monstros é sem dúvida um dos melhores de qualquer filme de zumbi. Muito bem planejado e coreografado, os zumbis assustam e impressionam qualquer um que assista. Além das claras referências ao clássico de Romero "A Noite dos Mortos Vivos", com a menina ficando encurralada em uma casinha isolada, o clipe conta com a participação do imortal do terror, Vincent Price, que faz as inserções com sua tenebrosa voz e uma pontinha como o último zumbi a se recolher.

Thriller simplesmente recolocou os zumbis, que então passavam por um nebuloso momento em sua história, com pouco intereresse por parte de produtores, de volta no mapa do cinema e assim como os filmes de Romero, foi um importante marco para definir filmes futuros com zumbis. A maquiagem, a produção, o andar. Tudo isso foi muito bem feito e portanto, Thriller merece um lugar de destaque entre os que curtem zumbis.

E a música é legal...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Resenha - O Guia de Sobrevivência aos Zumbis


Não preciso dizer o quão errado você está se já não presenteou cada um dos seus entes queridos com uma cópia deste que é o único guia que conta com 100% de efetividade contra a ameaça zumbi. Não consigo pensar em nenhum outro guia (fora claro o do Mochileiro das Galáxias) que possua tanta importância para que revejamos nossa filosofia do dia a dia e estejamos preparados para o "Dia Z".

Escrito por Max Brooks , O Guia de Sobrevivência aos Zumbis (Zombie Survival Guide), foi publicado nos EUA em 2003, chegando às livrarias brazucas somente em 2006.

O livro trata em detalhes de como uma pessoa comum deve agir para maximizar suas chances de sobrevivência em situações que vão desde pequenos levantes locais de zumbis com números reduzidos até a sobrevivência em um mundo completamente cheio destes seres.

Em suas páginas, descobrimos a verdade sobre o Solanum, o vírus por detrás da peste zumbi e suas formas de contágio. Além disso, ele trata de formas de defesa, ataque, esconderijos e viagens. Além de um relatório detalhado sobre diversos ataques zumbis ao redor do mundo, desde os tempos antigos até a nossa época.

Infelizmente para aqueles que só descobriram a existência deste que é a parede que separa um sobrevivente de um monte de comida de zumbi, as edições estão constantemente esgotadas no Brasil e conseguir um destes agora, só usado.

O Guia de Sobrevivência aos Zumbis - Ed. Rocco - R$29,90 (média)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Das dicas para lidar com a ameça zumbi - Parte 2

4 - Sejam os lerdos de Romero ou os maratonistas de Snyder, a constante é a mesma. Atinja a cabeça e destrua o cérebro!!

Não é nenhuma cirurgia acabar com um zumbi. A cabeça é sempre o ponto que deve ser almejado e isso, através da história dos zumbis nunca mudou. Um taco de baseball, um pé de cabra ou uma marreta já são tão eficazes quando qualquer tiro de uma AK.


Zumbis ideais: lerdos, pouco coordenados e com pijamas da década de 50

Apesar de ser um ponto pequeno, depois de tantos filmes, livros, gibis e até músicas, já deveria ser de conhecimento amplo a forma de eliminação, o que surpreende quando vemos sobreviventes que negam até a morte (literalmente) que mesmo que o cara andando com a caixa toráxica a mostra é um zumbi e insiste em dar tiros no peito ou tentar conversar.

Claro que os lerdos dos filmes de Romero são infinitamente mais fáceis de lidar e sua vantagem é baseada somente nos números expressivos e na inabilidade dos sobreviventes em perceber o óbvio. São zumbis.


Zumbis maratonistas. Se a Lei de Murphy existe, será o momento ideal para vê-la em ação.

Numa pouco provável situação de zumbis corredores (Remake de Madrugada dos Mortos e Zombieland), o melhor é estar fisicamente preparado e contar com o fato de que zumbis correm em velocidades diferentes, então correndo o bastante, você terá condições de lidar com números menores e com zumbis mais afoitos que não irão ter preocupação alguma em proteger a cabeça enquanto são golpeados.

5 - A moto pode ser o transporte ideal para atravessar uma zona infestada. Mas também é um barulhento aviso de que o jantar está servido.(GSAZ)

O Guia de Sobrevivência a Zumbis elenca uma série de meios de transporte que podem ou não ser ideais para atravessar áreas infestadas por mortos-vivos. Dentre eles, cada um possuu vantagens e desvantagens óbvias e outras nem tanto. A motocicleta tem um lugar especial pelo fator agilidade que oferece.

Dá pra se imaginar a facilidade atravessando as zonas lotadas de zumbis, desviando de cada um com agilidade e facilidade, com uma mochila cheia de suprimentos recém pilhados na mercearia da cidade onde foi realizada a incursão.


Acima: Como você acha que será.


Acima: Como realmente será

Claro que esse cenário só vai existir na mente do piloto por poucos segundos antes de ele enfrentar a dura realidade. O motor da moto irá atrair qualquer morto vivo nas redondezas, então, se foi fácil entrar, não será nada fácil sair. Além disso, você irá contar com um caminho relativamente livre, o que não irá ser verdade já que os milhões de habitantes que fugiram irão ter deixado veículos abandonados no meio das vias e barricadas existirão por todos os lados. Sem contar que em uma fuga acelerada, um obstáculo minúsculo pode ser o suficiente para te atirar no chão e com uma fratura que te imobilize, você não poderá fazer nada além de assistir enquanto os zumbis se servem do prato servido quente, vivo e quieto. Você!

6 - Pele pálida e fria? Ausência de batimentos cardíacos? Desejo incontrolável por cérebros? Naahh, tenho certeza que deve ser só uma gripe...

Em um cenário de apocalipse zumbi, sempre existirá aquele sujeito que foi infectado e tenta esconder isso de todo mundo. É uma atitude covarde que geralmente traz nada menos do que o fim de todo o grupo de sobreviventes do qual ele faz parte. E sabe o que é pior? Quase sempre funciona...


Sua gripe piorou, não? Parece ter algo saindo do seu ouvido. Melhor tomar uma Aspirina. A propósito, essa noite é a sua vez de ficar de guarda...

Os parvos do grupo nunca percebem que o sujeito que apresenta todos os sinais de infecção é uma ameaça e mesmo diante de uma evidência clara, se negam a aceitar o fato que o indivíduo é carne morta, simplesmente.

Assim, a seleção natural costuma funcionar nestes grupos como sempre nos últimos 5 bilhões de anos, eliminando aqueles incapazes de reconhecer e combater de maneira eficaz uma ameaça à sua existência.

Se o sujeito tem um ferimento que parece uma mordida de zumbi, um sintoma que parece com a infecção zumbi, uma estranha febre ou temperatura corporal abaixo do que seria possível para alguém vivo, então é 100% certo de que a opção mais humana no momento é acabar com o sofrimento dele, antes que ele dê causa para o fim de todo o seu grupo.

Hnnn sim. Só uma farpa? Se você está dizendo, não há absolutamente nenhuma razão para duvidar da sua palavra nesse momento de estresse extremo...


domingo, 26 de junho de 2011

Treinamento...treinamento...treinamento.

Nem só de teoria pode passar um sobrevivente. 5 dias para treinamento em campo. Voltamos na segunda.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Resenha: The Walking Dead - A HQ


Uma das coisas mais irritantes em qualquer filme de zumbi é o fato de que nunca sabemos o que ocorre depois. É sempre deixado um "gancho" em aberto. Uma das razões disso é que um tema tão rico e com tantas possibilidades não pode de maneira nenhuma ser resumido em apenas 2hs de película. E por isso o gibi de The Walking Dead é tão diferente e querido.

Lançado em 2003 por Robert Kirkman, The Walking Dead (no Brasil, foi lançado com o nome "Os Mortos Vivos) é uma série mensal de quadrinhos que conquistou o espaço através do tempo e da qualidade do roteiro. Em algumas edições, o menor dos problemas dos personagens é o fato de o mundo ter ido pro espaço e estar repleto de zumbis devoradores de carne.

A história se centra no policial Rick Grimes, que depois de ter sido baleado em uma troca de tiros, acorda de um coma sozinho em um hospital e descobre que enquanto esteve inconsciente, o mundo foi varrido por uma praga que matava e transformava seres humanos em zumbis. Sabendo disto, Rick passa a fazer o possível para reencontrar sua esposa Lori e seu filho, Carl, que fugiram antes que a praga tomasse conta do mundo.

Os zumbis da história são seres humanos que após infectados através de mordidas, morrem e retornam como zumbis com algumas características próprias. Eles possuem a capacidade de identificar humanos pelo olfato. São atraídos para locais por sons e apesar de serem seres completamente solitários, acabam se juntando em "manadas" que após algum tempo, reunem milhares de indivíduos que andam errantem em uma mesma direção. A forma de eliminação é a mesma de sempre, golpes certeiros que destruam o cérebro.

De 2003 pra cá, foram lançados 85 números do gibi que a cada volume mostra e evolução dos personagens que com o passar do tempo, mudaram completamente. Nunca se pode confiar muito na continuidade de um protagonista porque ocasionalmente, todos morrem. A grande sacada é essa. Os verdadeiros "mortos que caminham" como o próprio Rick conclui, são os humanos que sobrevivem dia após dia, somente adiando o inevitável fim. Então nunca se apegue demais a um personagem, pois eles podem se transformar em zumbis em questão de 2 páginas ou pior, morrer por uma bala perdida da forma mais banal e corriqueira possível.


Michonne, uma verdadeira máquina de matar zumbis (e humanos)
  
Atualmente, os personagens passaram por um breve período de paz e o final desse capítulo trouxe uma reviravolta para a história, onde os protagonistas passam a questionar se a posição defensiva que tomaram é realmente a melhor e decidem partir para uma postura mais ofensiva após perceberem depois de uma batalha épica que os mortos vivos não são assim tão perigosos se tratados da maneira correta.

A história ainda tem muito espaço para evoluir pois diversas perguntas ficam em aberto quanto a possibilidade ou não de existência de outros locais seguros e sobre o destino que tomaram as autoridades responsáveis por combater a crise.

Existe um número de personagens tão grande que foram lançadas edições especiais só com a identificação destes para que os leitores consigam manter a identificação de quem é quem.

Em 2010 foi lançada a série de TV que destoa um pouco do enredo do gibi mas que foi muito elogiada pela crítica, com uma produção cuidadosa nos detalhes e que no final da temporada, deixou todos com aquele gostinho de "quero mais" que é fundamental para que um seriado tenha seu lugar no coração dos fãs. A primeira temporada contou com 6 episódios e a segunda, com laçamento previsto para o segundo semestre de 2011, contará com 12.

O gibi é sem dúvida uma leitura obrigatória para quem curte o tema e possui passagens bem violentas, com diálogos e conflitos pesados entre os personagens, sendo definitivamente um quadrinho adulto.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Resenha: A Noite dos Mortos Vivos - Um debate de direitos sociais, com zumbis?!?



Filmes com zumbis são tão antigos quanto o cinema. Temos registros de filmes com a temática zumbi (ainda que nesses filmes os zumbis fossem sonâmbulos e/ou zumbis decorrentes de vodu) desde a década de 20.

Em 1968, o diretor George A. Romero lançou seu filme, Noite nos Mortos Vivos (Night of the Living Dead). Um filme despretencioso, independente e em preto e branco, feito com um orçamento de U$114.000.

O filme tem a temática (então original) que hoje tanto vemos. Um grupo fica isolado enquanto centenas de zumbis de origem desconhecida cercam o local. Os conflitos internos entre os sobreviventes dão o tom do filme, com céticos relutantes em acreditar que mortos estão novamente caminhando e, pior, tentando devorar pessoas. Além destes, sempre existem aquelas brigas pra definir de quem é a liderança e se haverá alguma.

O filme foi lançado em meio ao então atribulado movimento negro americano dos anos 60. Martin Luther King e Malcom X haviam sido assassinados pouco tempo atrás e o debate ainda era vivo na sociedade americana. O lançamento de um filme onde um negro assume a liderança de um grupo totalmente composto por brancos causou repercurssão imediata entre a mídia, que taxou o filme de "subversivo" por tratar sultilmente (ou nem tanto) de temas como como família, guerra fria e feminismo.

Tornou-se um marco entre filmes de terror com uma mensagem subliminar que mexeu com a sociedade da época. Segundo os críticos, os espectadores se sentiam desconfortáveis de alguma maneira ao assistirem ao que se passava na tela. Seja pelo racismo inerente à sociedade naquela época ou seja pela forma como retrata pessoas de classe média se tornando estúpidos e covardes diante de uma ameaça onde não se pode contar com a proteção do governo.

O final do filme é surpreendente e tão digno de nota quanto todo o resto. Não vou dar um spoiler sobre o filme, já que como fã de filmes dessa natureza, cada um deve se sentir na obrigação de assistir a este clássico que se tornou a primeira pedra na construção dessa modalidade de cinema que hoje nos traz tantas gratas surpresas. Ok, algumas nem tanto, mas ainda assim, foi um marco por mostrar que não se faz necessário um investimento de milhões de dólares para se conseguir contar uma boa e perturbadora história que pode mudar a forma como as pessoas enxergam o cinema.

Sem mais. Assistam!!

domingo, 19 de junho de 2011

Preview: The Goon

Zumbis, gângstes, strippers, aliens de outras dimensões e cientistas malucos??

Ahh... você só pode estar pensando em... THE GOON!!



Sem data para lançamento, o filme é baseado na história em quadrinhos do mesmo nome que, algumas vezes, pode ser um tanto... hnnn... confusa. Não há ainda a divulgação da trama e por enquano, só contamos com este trailer que foi lançado em Julho de 2010. Agora, só aguardar para assistirmos aos nossos amigos The Goon e Franky detonando cabeças de zumbis e gorilas gambás psicopatas por tortas no cinema.

sábado, 18 de junho de 2011

Das dicas para lidar com a ameça zumbi - Parte 1

Todos os dias, o @umzumbipordia dá uma dica resumida no Twitter sobre formas práticas, úteis e (ir)responsáveis de fazer com que você se mantenha vivo(a) diante de um mundo em que você se torna parte passiva da cadeia alimentar de um novo e mais letal predador.

Nos sábados, faremos um compêndio com as dicas já dadas, de forma a complementar o conhecimento já adquirido, então, aqui vão:


1) Armas de concussão (pés de cabra, de preferência) estão "in". Armas de corte, "out". Um grande "nonono" pra espadas.


Sejamos práticos. Quando a hora chegar, você não vai estar preparado. É um fato, somos brasileiros e jamais fomos conhecidos por fazer as coisas imediatamente. Como é de praxe, você não terá ido comprar suprimentos não perecíveis, você não terá comprado armas de fogo que exigem uma burocracia tremenda e muito menos treinado com elas por tempo o suficiente pra se tornar um atirador classe "A" que pode atingir a cabeça de um zumbi a 200m de distância e, acima de tudo, você não terá habilidades ou condicionamento físico para manejar agilmente uma espada katana entre uma horda de mortos-vivos.

Acima: Não você...

Dessa forma, não invente. Um martelo e adrenalina podem fazer o trabalho pela facilidade de uso. Não é preciso ser nenhum cientista para subir e baixar o braço com força o bastante para deixar que o metal sólido faça um estrago sobre um crânio. Então, mantenha a coisa simples e você se manterá vivo.


2) Você não precisa correr muito para se manter a salvo dos zumbis. Só precisa correr mais rápido do que os outros humanos nas proximidades.

Uma das consequências do fim da sociedade é o fim do contrato social que existe e nos mantém na linha. Alguns dirão que é religião, outros dirão que é o bom senso e o bom caráter, mas todos sabem no fundo do coração que impede o que a psicopatia existente em cada um se manifeste é o bom e velho medo do castigo.

Não vamos entrar no mérito de teorias Foucaltianas ou de sociologia aqui, mas é fato que a boa e velha punição exerce um controle social sobre nossas ações que nos impede de cair na anarquia.

E quando a o tecido social for rasgado pelas garras dos zumbis? Bem...



Desculpa, vó...


Olha, nesse momento, é bem provável que seu nível de heroísmo caia para algo em torno de -300 (vamos admitir, você já não era nenhum Batman). Seu instinto básico de auto-preservação vai berrar na sua cabeça para que você se mantenha vivo a todo o custo. Claro, existirão aqueles que irão enfrentar multidões de zumbis para salvar aquele cãozinho encurralado, mas você sabe que eles estão fadados a se transformar em almoço.

Quando você estiver fugindo, verá que o ritmo daqueles ao seu redor fugindo com você não é o de alguém que joga em equipe, mas sim o de alguém que só quer correr mais do que o potencial almoço ao lado dele para que você e não ele se torne a refeição daquelas coisas ali atrás. Então, porque diabos fazer menos do que o absolutamente possível para ultrapassar esses egoístas?


3) Habilidades garantem lugar seguro no grupo de sobreviventes. Fazer fogo, caçar, achar água, SIM. Roubar senha do orkut, trollar fóruns, NÃO.

No momento que um grupo de sobreviventes estiver estabelecido e razoavelmente seguro, as figuras de liderança surgirão. Você não precisa ser nenhum herói ou Rambo para ter seu lugar garantido no grupo, mas você sabe que no momento de desespero, alguns serão mais dispensáveis do que outros.

Oi Nelson. Olha, a nossa comida acabou e...bem... Você tem alguma doença contagiosa?


A sociedade contemporânea criou humanos que trabalham em áreas superespecíficas e não se preocupam muito em aprender ofícios secundários. Em uma grande cidade, poucos são aqueles que possuem habilidades que poderão ser aproveitadas em uma nova forma de civilização onde energia elétrica e internet se tornarão uma doce lembrança nos corações dos nostálgicos, esfarrapados e fedidos sobreviventes.

Assim, aqueles com conhecimentos de agricultura, caça, engenharia (de verdade e não as "teóricas") e sobrevivência serão os mais valiosos membros de sua equipe. Serão aqueles que fornecerão os meios para que um grupo sobreviva e prevaleça.

Hoje, com a Internet e com o vasto conhecimento inútil do qual dispomos, nada mais fácil do que aprender algumas habilidades manuais que possam vir a te garantir esse lugar. Não vai te matar aprender a fazer fogo com gravetos, achar água ou rastrear animais. Bem como cultivar vegetais simples, construir abrigos temporários e navegar um mapa. Além de aprender teoricamente, botar em prática e aperfeiçoar para que quando necessário, você não se veja com uma teoria inútil sem habilidade manual para pôr em prática.

Ah! E umas abdominais também não irão te matar...

Com isso, você não correrá o risco de ser a próxima isca viva durante o mirabolante plano de fuga de sua equipe que necessita de um sacrifício (não tão) voluntário.

Imagem por: SteveofCaley
Acima: Você!! Programador em C++...


Mais dicas sobrevivência?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ataque zumbi a um bairro de suburbio: Brasil X EUA

Ao assistir a um filme americano sobre zumbis, não consigo deixar de pensar em uma coisa. É algo bobo, mas sempre passa pela minha mente e acaba me atormentando por dias depois e, bem, vamos ser claros...

Cadê as p$%#@ dos muros?!?!

É impressionante. É como se fosse um convite a invasões e arrombamentos. Imagine então uma legião de mortos vivos que desejam te esquartejar e devorar? O que os impede senão uma fina camada de madeira compensada (porque americanos também rejeitam a idéia de alvenaria) e janelas com vidros de 3mm de espessura sem qualquer proteção.

Acima: Um obstáculo intransponível para zumbis devoradores de gente. Vidro!!!


Sempre que assisto a "Noite dos Mortos Vivos" ou a qualquer outro filme desse tipo, penso como seria se no Brasil descobrissemos uma invasão. Sairíamos calmamente até o portão, daríamos uma olhada por cima dos nossos muros geralmente com mais de 2m de altura e pensaríamos: "Hnn... tem um zumbi ali." Uma pedrada na cabeça do ex-morto-vivo e agora morto-morto depois e estaríamos sentados calmamente tomando o café da manhã.

Não tem um muro alto, mas sim um portão de grades? Já tentou arrombá-lo só empurrando ele? Já tentou arrombá-lo só empurrando ele sendo um zumbi em decomposição e completamente descoordenado? Pois é, não é exatamente um passeio no parque. Com uma barra de ferro de peso considerável, eliminaríamos os zumbis pelas grades do portão um a um, sem pressa, até reduzi-los a um número controlável. Uma vizinhança razoavelmente organizada daria conta fácil de uma invasão de grande escala com um ferro elétrico pendurado em uma corda, soltando calmamente em cima da cabeça dos zumbis do outro lado do muro.

O verdadeiro pesadelo de um zumbi: Tijolos!!

Um bairro de classe média no Brasil geralmente tem essa configuração: Muros, casa de alvenaria, grades nas janelas, portas de madeira maciça ou metal. Um ser humano já teria dificuldades por um bom tempo para romper cada um destes obstáculos, se utilizando de inteligência e agilidade. Imagine um zumbi arranhando o muro até suas unhas se desgastarem completamente. Após algum tempo, ele já teria se desgastado como uma borracha contra o muro.

Diante desse fato, uma invasão zumbi não teria o mesmo impacto sobre nossa população já que nos esconderíamos dentro de nossos muros até que houvesse um entendimento mais claro sobre o que está ocorrendo com aquelas pessoas se decompondo lá fora. Ao invés de nos desesperarmos correndo para o primeiro Shopping Center ou celeiro, ligaríamos o rádio e ouviríamos as instruções das autoridades ou de algum radialista amador nos dizendo como exterminar os zumbis, sem estresse além do necessário. Somos um povo que não busca o conflito imediato e isso contaria como vantagem logo de cara.

Pensando nisso, tudo leva a crer que nossa classe média, após anos lidando com ladrões arrombadores de 40kg que escalam muros de 5m de altura com um microondas e uma televisão de 29" em cada mão, estaria mais do que preparada para evitar a entrada de zumbis em seus lares, contando ainda com materias suficientes para combater as ameaças. Aquele saco de cimento abandonado, aqueles tijolos amontoados? Armas em potencial!!

Um carro contra o portão garantiria a estabilidade deste, selando completamente sua casa. O contato entre vizinhos continuaria com um pulando para a casa ao lado, fazendo assim que os zumbis não se concentrem tanto em um só ponto.

Pffff... Querem saber? Vai ser moleza!!! \o/

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Conheçam: O Lobotomizador

Quando a hora chegar, o que você quer ter como arma?

Uma pistola semi-automática? Um fuzil de assalto? Ou uma pá modificada?

Se você respondeu "pá modificada", parabéns, você entende as dificuldades que um futuro cenário apocalíptico apresentam. Armas ficam sem munição, enguiçam, são difíceis de dar manutenção apropriada (especialmente no Brasil e em um período apocalíptico) e acima de tudo, requerem prática e treino para que se possa atingir o alvo, especialmente em um local tão pequeno quanto uma cabeça cambaleante em um momento de estresse extremo.

 Pra um combate silencioso, eficiente e que seja possível pra qualquer parvo que consiga usar um bastão, conheçam o LOBOTOMIZADOR!!!



Esta belezinha é aquela mesma idealizada por Max Brooks em seu livro "Guerra Mundial Z". O protótipo acima foi manufaturado por um membro do swordforum (http://www.swordforum.com/forums/showthread.php?89040-The-quot-Lobo-quot-from-the-book-World-War-Z-by-Max-Brooks), um fórum para adoradores ( e alguns malucos) da arte da cutelaria. Lá você encontra os desenhos e planos de construção dessa prática e útil ferramenta para o dia Z.

O executor (sdbadeaux) fez a arma baseado na descrição do que seria o lobotomizador, a arma perfeita para combates corpo a corpo com zumbis e que definiu o momento da virada na Grande Guerra Z. A arma tem uma ponta pesada e afiada que pode servir tanto para destruir o cérebro quanto para decapitar um morto vivo com esforço reduzido. É uma arma resistente, fácil de utilizar e que causa um estrago extremo (os mais habilidosos seguem a doutrina do "um golpe, uma cabeça") que possibilida o combate com inúmeros zumbis simultâneamente. Estando em um número que garanta a defesa por todos os ângulos, poucos humanos podem arrasar hordas inteiras de zumbis se combaterem de maneira organizada e obedecendo à tática de combate.

O lobotomizador é a arma que você vai começar a produzir amanhã e vai ter sempre no porta-malas do seu carro E atrás da sua porta (você irá fazer uma pra cada membro de sua família, NO MÍNIMO!!) pra que quando o dia chegue, você possa se virar para o seu filho, sua esposa e seu cachorro e dizer com toda a segurança: "Vamos agora!! Como treinamos!!!".

quarta-feira, 15 de junho de 2011

AD - Animação zumbi


Pra quem tem alguma dúvida de que boas coisas nos estão reservadas no futuro (até claro a horrível, sangrenta e dolorosa epidemia zumbi), tá aí o trailer de AD. Animação zumbi.

O enredo não foi revelado, mas até onde vemos, a animação é de qualidade,o sobrevivente aí parece bastante o Dr. House.

Se alguém quiser saber a música de fundo (que eu particularmente achei animal), é a Safe in Mind, da UNKLE.

Demais... agora é aguardar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Max Brooks - O mestre de sobrevivência a zumbis


Antes de falar das obras deste cidadão, que hoje é o "Papa" dos "sobreviventistas", como são chamados aqueles que verdadeiramente se equipam, preparam e esperam o chamado "apocalipse dos zumbis", vou falar um pouco sobre ele, para que conheçam aquele que será o responsável pela sua sobrevivência (caso sobrevivam).

Max Brooks nasceu em 1972 e como o sobrenome denúncia, é filho do rei da comédia, Mel Brooks. Disléxico na infância, ele usou a literatura como forma de superar essa "desabilidade". É o autor dos livros "Guia de Sobrevivência a Zumbis" e "Guerra Mundial Z" que hoje são best sellers, editados em várias línguas.

Brooks nunca pensou que sua incursão no mundo dos zumbis fosse se tornar a febre que é hoje. Ele dá palestras em Universidades e empresas sobre métodos comprovados de sobrevivência a zumbis, armamentos, equipamentos, técnicas de ataque, etc. Tudo com auxílio visual e a platéia observa com absoluta atenção enquanto o "Prof. Brooks" mata e esquarteja zumbis imaginários com seu "Lobo".

Hoje, ele é um fenômeno da literatura zumbi, quase como Romero é do cinema. Depois de seus livros, que contam de forma bem humorada e descompromissada sobre os efeitos dos zumbis na nossa sociedade, vários outros autores se aventuraram no estilo, enchendo nossas estantes com obras excelentes e outras não tão excelentes assim.

Graças a este homem de 38 anos, hoje podemos nos precaver quanto ao inevitável ataque das hordas de zumbis que estão por vir, a qualquer momento, aqueles que tiverem os livros de Max nas estantes, poderão respirar fundo, pegar seu pé de cabra e partir para o combate tendo a tranquilidade que qualquer um que conhece bem seu inimigo tem.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Resenha - Zombieland

Anda praticando exercícios e alongamentos regularmente? Sempre olha o banco de trás do carro? Está absolutamente atento em banheiros?

Se respondeu sim a estas perguntas, parabéns, suas chances de sobreviver em Zombieland são melhores do que parecem.

Lançado em 2009, Zombieland foi um sucesso absoluto, tendo conseguido mais de U$100 milhões nas bilheterias (tendo custado somente U$20 milhões). Foi muito bem recebido pela crítica e pelo público, batendo o recorde antes pertencente à refilmagem de Madrugada dos Mortos de filme de zumbi mais bem sucedido.

Longe de ser um filme de horror, Zombieland é uma comédia que pode ser vista por (quase) toda a família.
A história gira em torno de um estudante, "Columbus" (nenhum dos personagens, fora Bill Murray, tem nome), que tenta sobreviver em Zombieland, a terra dos mortos. Depois que o vírus da "vaca louca" sofreu uma mutação e transformou a humanidade em zumbis sanguinários, poucas pessoas restaram no mundo e estas têm que se esforçar pra conseguir atravessar as dificuldades de uma terra dominada por zumbis.

Em suas andanças, Columbus encontra o engraçadíssimo "Tallahassee", interpretado de maneira hilária por Woody Harrelson. Tallahassee tem um senso de humor mórbido, desejo de viver beirando ao zero pela forma com que se coloca em situações absurdamente perigosas só para detonar o maior número de zumbis possível. Ele os odeia e faz o possível para deixar isso bem claro.

Junto dos dois, temos as irmãs "Wichitta" e "Little Rock", que também passam a integrar o grupo depois de algumas desavenças. Todos decidem ir a Pacific Playland, um parque de diversões que seria um local livre de zumbis.

Columbus é o narrador da história e conta diversas "regras" de sobrevivência em Zombieland. Todas elas numeradas e ilustradas. (Há várias regras extras espalhadas pelo youtube).

O filme foi tão inesperadamente sucedido que uma continuação está sendo escrita. Houve a possibilidade da criação de uma série, mas a coisa anda parada. A continuação contaria com a participação de todo o elenco original, resta aguardar agora.

Zombieland é obrigatório pra qualquer nerd, já que mostra que a sobrevivência é possível mesmo quando se é socialmente excluído, nerd, virgem, sem aptidões especiais para o uso de armas e não se é nenhuma bola de músculos.

domingo, 12 de junho de 2011

Resenha Filme: Shaun of the Dead (Todo Mundo Quase Morto)


Sem dúvida alguma, este filme é a melhor (e única) comédia romântica com zumbis já lançada no cinema (no caso do Brasil, saiu direto em DVD). O filme tem o típico humor inglês, bem non sense e totalmente inspirado no grupo Monty Python (que humor não é?). O filme deveria ter sido lançado juntamente com a refilmagem de Snyder de Madrugada dos Mortos, mas acabou sendo lançado poucas semanas depois para não ter que concorrer diretamente com este.

O pano de fundo do filme é basicamente o mesmo de vários filmes do estilo, com a crise de zumbis se espalhando silenciosamente pela sociedade, poucos dão importância às notícias desencontradas, nosso "herói" é um destes. Shaun é um sujeito paradão, sem iniciativa, que vai indo no balanço das ondas, sem se impôr ou se preocupar. Tem um trabalho medíocre, onde é um profissional medíocre e despretencioso. Tem uma namorada (Liz) que já está cansada dessa falta de iniciativa e decide pôr um fim no relacionamento. Seu amigo e colega de apartamento é Ed, um vendedor de maconha que faz pouco mais do que coçar o dia todo e jogar video game.

Decidido a mudar o rumo de sua vida, Shaun decide numa noite que irá se tornar uma pessoa melhor, mas seus planos são atrapalhados por uma inconveniente epidemia zumbi que acontece por todo o mundo naquele momento.

As situações são hilárias, a história segue um ritmo muito bom do momento em que Shaun se torna o pretenso líder de um grupo de sobreviventes e decide levar a todos para a segurança de um Pub onde passa a maior parte de seu tempo livre.

O típico humor britânico domina quase todos os momentos, o non sense de Ed é ótimo pra contrapor a seriedade com que Shaun tem que lidar com todas as situações como um líder. Além da forma que retrata a sociedade britânica, retratada aqui como se já fossem zumbis antes mesmo da doença se espalhar. A grande sacada do filme é justamente esta. A sociedade retratada é tão mecânica e impessoal que ninguém sequer nota a diferença quando os zumbis aparecem. Se não fosse pelo fato de eles serem devoradores de pessoas com feridas abertas, passariam despercebidos.

O filme se tornou um dos melhores filmes de todos os tempos na Inglaterra e segundo Stephen King, é um clássico do tipo. O DVD traz diversas cenas interessantes e making off do "zombie walk". Muito bom.

Trilha sonora 10, com sucessos britânicos e uma cena que entrou pra história: zumbis "aclamando" uma música do Queen no momento de maior desespero.

Pra qualquer um que aprecie uma boa comédia e história, Todo mundo quase morto é obrigatório, além do que, tem zumbis...

sábado, 11 de junho de 2011

Resenha: Orgulho e Preconceito e... Zumbis!?!?

                                                                     "É uma verdade universalmente aceita que um zumbi, uma vez de posse de um cérebro, necessita de mais cérebros."

Começo avisando. Se você ainda não leu o romance original, NÃO LEIA!!! Orgulho e Preconceito e Zumbis aperfeiçoou a história original, deixando-a ultrapassada, fique só com ele.

Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride and Prejudice and Zombies) é uma sátira do livro de Jane Austin, Orgulho e Preconceito. O livro tem como pano de fundo uma guerra que vem sendo travada a décadas entre humanos e zumbis. O co-autor, Seth Grahame-Smith adicionou estes elementos zumbis às histórias românticas e dramáticas que correm como tema principal.

A históra se concentra em Elizabeth Bennet e suas 4 irmãs. Elizabeth é a segunda mais velha, atrás de Jane. Treinadas desde crianças nas artes mortais Shao Lin para combater a praga zumbi que assola a Inglaterra, as irmãs Bennet são as mulheres mais letais da Inglaterra. A história traz o drama e o romance da história original, com vários encontros e desencontros, decepções e enganações, mas com ninjas e golpes de kung fu trazendo mais emoção e muito, muito sangue às cenas principais.

A narração mantém a mesma linguagem da obra original, de 1.813, ajudando a ambientar melhor o leitor, em poucas páginas você vai achar a coisa mais natural do mundo quando os personagens falam sobre mensageiros devorados no caminho ou mulheres afiando espadas katana. Nada pra se estranhar.

Mesmo com a adição destes elementos, o desenvolvimento e amadurecimento dos personagens continuou como na história original. Algumas alterações mais drásticas com desfechos menos felizes também contribuíram para que esta sátira acabasse tendo uma identidade própria. A história é envolvente e você se verá torcendo contra ou a favor de vários personagens, o fator empatia realmente funcionou.

Em 2009 foi anunciada a possibilidade de que o livro se tornasse um filme. As informações ainda são escassas, mas é quase certo que o livro, que foi um best seller quando do seu lançamento se tornará um filme. Só aguardar.

Alguns puristas claramente não irão gostar do livro e torcerão o nariz para algumas cenas mais "gore", mas felizmente, estes puristas foram uma minoria que não barrou o sucesso desta obra.

A obra é obrigatória na estante de qualquer fã de zumbis. Além da prequel "Pride and Prejudice and Zombies: Dawn of the Dreadfuls" e da continuação "Pride and Prejudice and Zombies: Dreadfully Ever After" (ambos de autores diferentes e não lançados no Brasil) foi lançado uma Graphic Novel com ilustrações coloridas do livro. O autor ainda escreveu "Abrahan Lincoln - O Caçador de Vampiros".


Orgulho e Preconceito e Zumbis - Ed. Intrínseca - R$20,00 (média).

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Resenha: Apocalipse Z


Acabei de terminar de ler o segundo livro da trilogia "Apocalipse Z", do espanhol Manel Loureiro. Muito interessante.

Pra quem não conhece, Apocalipse Z começou como um blog onde Loureiro (que é advogado, como o personagem principal/narrador sem nome, conhecido somente como "Advogado") escreveu e que teve um sucesso enorme, sendo seguido por milhares de pessoas, tornando-se assim um livro de sucesso, lançado na forma de uma trilogia, começando por O Princípio do Fim.

Em seu blog, ele tratava da situação fictícia de um vírus que se espalha pela Europa Oriental, chegando lentamente a todo o mundo, mas de forma definitiva e letal. O vírus (que recebe um nome posteriormente), reanima cadáveres daqueles que foram infectados por ele, transformando-os em zumbis comedores de gente que só morrem quando atingidos na cabeça com tiros ou pancadas muito bem dadas. O livro/blog tem uma narrativa dinâmica em primeira pessoa onde sempre temos que esperar que o Advogado se sente ao fim de um dia (ou vários) pós-batalha para contar o que houve no intervalo, bem interessante.

Atenção, SPOILERS!!!

No livro, o Advogado que mora sozinho em uma casa com seu gato Lúculo, tenta fugir para um local seguro, deixando sua casa, onde está sozinho e isolado, antes que fique louco. Durante a jornada, ele encontra dificuldades pelo caminho e sua vasta gama de conhecimentos "inúteis" se mostram vitais para enfrentar os mais diversos problemas.

Assim que encontra mais sobreviventes, ele passa a ver que os não-mortos (como são chamados os zumbis) não são assim tão terríveis ante o que os seres humanos ainda podem fazer.

Fim do SPOILER!

Apocalipse Z - Os Dias Escuros, conta a continuação dos personagens após encontrarem um local livre de não-mortos e passam então a enfrentar problemas políticos em um mundo pós-apocalíptico onde os governos não possuem legitimidade e precisam usar de força pra se manter.

Assim como o primeiro livro, Dias Escuros consegue ser tenso a ponto de você não querer parar de ler um segundo e ainda ter que ficar se segurando pra não dar uma olhadinha na página seguinte e ver se o personagem ainda continua lá, vivo. Especialmente pela forma que foi escrito, alternando entre os personagens, Dias Escuros consegue ser tão ou ainda mais emocionante do que o primeiro livro. Agora, para nós brazucas, resta-nos aguardar pelo 3º livro, que foi lançado na Espanha em Maio de 2011 e ainda deverá demorar alguns meses para chegar até nossas lojas.

Apocalipse Z - O princípio do Fim - Ed. Planeta - Preço: R$35,00 (Média)
Apocalipse Z - Os Dias Escuros - Ed Planeta - Preço: R$37,90 (Média)

Zumbis - A fascinação

Sejam os lerdos de Romero ("A noite dos Mortos Vivos") ou os velocistas de Snyder (remake de "Madrugada dos Mortos"), os zumbis possuem a mesma constante, devem ser mortos por pancadas na cabeça que destruam o cérebro.

Entendam que consideramos "zumbis" aqueles mortos que foram reanimados e não os raivosos psicopatas de "28 Dias""Eu sou a Lenda" que são seres humanos infectados por vírus e que diante disto, passam a agir de maneira selvagem/agressiva.

Romero criou história com seu filme (de baixíssimo orçamento, feito nas coxas e com atores amadores) que virou referência para o comportamento que os zumbis teriam desde então. Alguns autores resolveram mudar alguns atributos, dando-lhes habilidades motoras melhores, como os que correm na refilmagem de "Madrugada dos Mortos" e os com super poderes e cérebros funcionais de "Resident Evil".

Mesmo com essas sutis diferenças, a maneira de eliminação de zumbis sempre se mantém: Detonar o cérebro.

Se fosse só por isso, os filmes seriam chatos, repetitivos e previsíveis, com um inimigo que todos estão cansados de conhecer, odiar, temer e amar(??), mas isso não acontece. Por que? Graças aos sobreviventes.

Em uma boa história de zumbis, estes são somente o pano de fundo, um mero detalhe. A verdadeira emoção ocorre dentro do local onde os sobreviventes juntam forças e suprimentos para resistir aos atacantes que jamais irão parar, desistir ou se cansar. Isolados e reunidos quase sempre contra a própria vontade, os sobreviventes são o fator crucial que fará com que qualquer resistência seja bem sucedida ou um fracasso completo.

As diferentes origens destes sobreviventes pesam nos rumos da história. Serão defensivos ante o ataque? Ou irão preferir ir pra cima e tentar pacificar seu território? São egoístas? São generosos? São inteligentes? Burros?

Tudo isso pesa para que se crie empatia com o público, mas o mais interessante é que o fato de uma história se centrar sobre um grupo isolado traz à nossa imaginação as infinitas possibilidades do que estaria acontecendo a 4 quarteirões dali. E no bairro vizinho? E se fosse no seu bairro, na sua casa?

Na minha opinião de apreciador destes monstros lerdos (prefiro estes), estúpidos e que possuem sua maior força nos números sempre crescentes e na sua total falta de uma liderança, o fascínio que eles exercem se deve a esta possibilidade que nos dão de poder imaginar como seria se fosse conosco. O fato dos sobreviventes serem pessoas comuns, do dia a dia que só querem levar suas vidas traz a possibilidade de nos colocarmos nessa mesma situação e avaliar se estamos preparados para algo dessa magnitude. As responsabilidades, os verdadeiros valores e prioridades que cada um tem. Quem será que iremos salvar? Iremos viajar 500km de território completamente arrasado e desconhecido por aqueles que amamos? Somos capazer de nos manter sem as facilidades que a civilização nos traz?

São tantas possibilidades a se explorar que acredito que este filão de filmes de terror e algumas vezes comédia "romântica" (vide "Fido - O Zumbi") é praticamente inesgotável e se contarmos com a imaginação de alguns, podemos ter certeza que coisas novas e interessantes estarão sempre sendo pensadas, produzidas e lançadas.

Viajei demais?

Um homem preparado vale por 100... zumbis.

É de amplo conhecimento que o fim da sociedade como a conhecemos será decorrente de um apocalipse causado por zumbis. Sejam esses decorrentes de forças sobrenaturais, vírus mutantes criados pelo homem ou invasão alienígena, resta-nos a preparação para a sobrevivência a este momento crítico em nossa história.

Diante disto, este blog se compromete a trazer sempre as notícias mais frescas (como os deliciosos cérebros que tentamos preservar) possíveis oriundas de fontes confiáveis e profundas pesquisas de campo realizadas por renomados pesquisadores.

Abraços e até a "Hora Z"...